sábado, 25 de fevereiro de 2012

(...) escrita im_perec_ível

- Ah! Onde isso nos leva?

- Não teria sido melhor a pergunta: Aonde isso nos leva?, ou, se isso leva, O que é isso?, e, Para onde?

- E leva O quê?, ou, Quem? ... e Quem, ou, O quê parte?, e, De que parte?

- Nós?

- (talvez) Ainda não.

- Para onde?, no sentido de Em que direção?, ou, No sentido de parar? – Maldita ausência, ou saída de cena à força, dos acentos diferenciais. Fariam uma diferença enorme nesse momento.

- Parei.

- Mas, Onde estávamos mesmo? Em qual parte?

- Perguntávamos acerca de onde isso o que/quem leva, se leva, sem saber de onde se parte e para que parte.

- Teremos que partir a questão.

- Outra vez? Mas, a partir de onde?

- Vamos começar daqui, isso, de novo, e na tentativa de chegarmos acolá, vamos avançar.

- Mas, em qual sentido? Pergunto sobre o sentido, tanto enquanto uma direção a seguir, quanto da produção de algo acerca do qual se possa dizer: Ah! É isso.

- Queria mesmo era começar a ler Georges Perec e sua escrita imperecível, de uma literatura matemática, que mais oferece equações do que pretende resolvê-las.