domingo, 15 de agosto de 2010

Gadgets, soa meio Beckett isso...

(...) gadgets, soa meio Beckett isso, palavra torta, gaga, "Lady Gaga, Lady Gadget" aliás, esta artista que se traveste de gadgets, quem ainda não a assistiu no vídeo de “Bad Romance” e que com(o) os demais gadgets e as demais máquinas “fantásticas” e seus gadgets “fabulosos”, cunha através da expressão de seu corpo e filiações semióticas, os mais variados signos de leitura pop. Signos de sedução, de sensualidade, de androginia, de pastiche, de ironia, ícone pop como fetiche de mercadoria imagético-musical, “Lady Gadget, Lady Gaga”, por favor (não) nos responda o que pode um corpo.

Gadget , expressão que ganha sentido de geringonça, de dispositivo, de aplicativo informático, mas que também é utilizada na forma de conceito por alguns autores (Deleuze, Guattari, Lacan, etc...) a pronúncia no inglês pode ser experimentada aqui: http://pt.forvo.com/word/gadget/ , para quem perdeu o ar ao tentar dizê-la. E não nos esqueçamos de que gadgets que fazem falar, há gadgets que falam por nós.


Um comentário:

Manuel Carreiro disse...

Lady Gaga é uma artista tão intrigante, que valeu até duas colunas na novíssima seção de Filosofia do New York Times...

http://opinionator.blogs.nytimes.com/2010/06/20/lady-power/

http://opinionator.blogs.nytimes.com/2010/06/30/authority-and-arrogance-a-response/

Pessoalmente, a arte dela não me apraz, mas acho boa uma manifestação que incomoda.