terça-feira, 23 de junho de 2009

A criança e o assombro


Há mais espaço nas celas das prisões em presídios pelo mundo afora, incluindo os do Brasil, do que nas salas de aula de escolas de toda parte, de todos os níveis (do berçário à pós-graduação). Há mais tempo por lá também, nas celas, mesmo que isso pareça inacreditável. Foucault já fez o trabalho sujo de nos mostrar o quanto de inspiração se extraiu do modelo prisional para os demais modelos (família, igreja, caserna, fábrica, etc.). Aliás, há muito estamos quase proibidos de colocar em análise as forças do espaço sem que num mesmo golpe, concomitantemente, se conjugue também as forças do tempo... dos tempos e dos espaços. Inventou-se a expressão espaço-tempo, que não é nada nova, mas ainda soa tal como se novidade fosse. Uma criança flutua, navega pela sala de aula, percorre distâncias, traça proximidades, faz isso com sua atenção ainda dotada de sensibilidade, talvez Matisse tenha mais a nos ensinar sobre os modos de ensinar-aprender com as crianças do que toda uma herança da pedagogia que ainda se arrasta pelos corredores das escolas, com suas correntes pesadas e enferrujadas, tal como um fantasma aposentado, que há muito perdeu a habilidade de produzir um assombro.

Bacon meets Burroughs ...


... and they walk together, they move in my direction... what to say, I wonder, what not to say, I feel. Cut up the triptych.

sábado, 20 de junho de 2009

"e os deuses riram do dEUS único" Nietzsche


" This elevator only takes one down (...)" dEUS



_________________________________três vivas à música belga. Visite o site de dEUS -_________ http://www.deus.be/


quinta-feira, 18 de junho de 2009

... do livro "Democracia e Subjetividade: a produção social dos sujeitos democráticos"

"Quando se fala em Educação a Distância, em tecnologia, muitas vezes, pensamos imediatamente no computador, no que há de mais avançado, e nos esquecemos que as tecnologias existem, especialmente as de ensino, há muito tempo, desde os primórdios. Desde o tempo das cavernas os nossos ancestrais já praticavam algum tipo de transmissão de conhecimento e de afetos, e esses registros se perpetuaram nas cavernas por todos esses séculos. Então, de alguma forma, desde aquela época se ousava produzir algum tipo de tecnologia, que foi se aprimorando com o passar dos tempos. Um detalhe é que aprimorar, evoluir, não significa, necessariamente, melhorar. Pode ser avançar, pode ser evoluir, mas, de alguma forma, toda evolução traz em si um aspecto de involução. Eu trago alguns exemplos aqui que, aparentemente, guardam uma distância muito grande com a educação, mas aos poucos tentaremos conectá-los à educação, à escola, etc. São o que eu chamaria de exemplos inusitados. Na natureza temos alguns exemplos: certas cobras que vivem nos desertos perdem as características que muitos dos evolucionistas atribuem às espécies como características de evolução. Cobras que perdem completamente a visão. As cobras consideradas evoluídas são as que têm um pouco de visão para sobreviver. Em um terreno extremamente árido, desprovidas de outros atributos que lhes garantiriam uma vida um pouco mais confortável elas desenvolveram uma maneira de rastejar tocando apenas duas partes do corpo na areia escaldante do deserto, e assim sobrevivem, resistem. Eu diria que essa é uma espécie de evolução, mas aos olhos de muitos seria uma involução. Logo, paradoxalmente, a evolução traz em si alguns aspectos de involução.
Isso também acontece quando falamos de processos educativos que se utilizam das chamadas novas tecnologias. Não nos esquecendo que elas também são evolução, progresso, mas não necessariamente melhorias, pois nem sempre ocorrem de maneira democrática, participativa, ampla, com envolvimento da grande maioria das pessoas, como o modo de transmissão de conhecimentos dos nossos ancestrais." - Rogério Felipe

segunda-feira, 15 de junho de 2009

quinta-feira, 11 de junho de 2009

cuerpo

¿Quién sabe lo que puede un cuerpo?


segunda-feira, 1 de junho de 2009

your time to shine

... and everything for everyone
in everytime.

... but what if we do not try?