segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

removables.


Ordem e caos devem ser pensados como partes indissociáveis de uma mesma dinâmica que derruba e instaura novas ordens incessantemente. Conjugar as forças de caos e ordem passa a ser a tarefa primordial de nossos tempos, no sentido que o que está em jogo são as linhas definidoras da tessitura de nossa subjetivação. Ou extraímos do caos a sua potência, ou sucumbimos órfãos das extintas ordens que acreditávamos nos amparar. O caos compreende tudo o que tensiona as forças, derruba ordens de acomodação, aquilo que considerávamos natural, cabendo a nós extrairmos dele a sua potência como índice de movimento.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

No início...























... os passos eram dados com precisão. Depois de alguns goles... voou. Aterrisou deixando uma marca na areia. Marca de corpo caído, corpo deitado. Levantou-se e iniciou a caminhada. De vez em quando olhava para trás, e as marcas de pegadas na areia iam sumindo com o tempo, digo, com o vento.



Image: Finn Campbell-Notman

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

sábado, 3 de janeiro de 2009

"If we tolerate this...

... then our children will be the next." (M.S.P.)

O momento é exageradamente propício para a tomada de partido "de que lado você samba, você samba de que lado", mesmo que seja este o partido do coração partido, como (en) cantou o poeta Cazuza e é justamente por esta razão que me estranha o fato de que mediante o absurdo que ocorre na Faixa de Gaza nós estejamos ouvindo tão poucas vozes dentre os governantes das diversas nações planetárias posicionando-se de um lado ou d'outro neste conflito. Não vemos nenhum esforço diplomático internacional a favor de um cessar-fogo, muito pelo contrário, o silêncio de Obama, o apoio de Bush à violenta ofensiva israelense, o distanciamento da União Européia, a inoperância da ONU e organismos afins... o mundo tornando-se cada dia mais um espaço de fértil de indiferença. Insistir na tese de que organizações terroristas, mas inequivocadamente ruins de pontaria, como o Hamas e seus mísseis cegos são justificativa para o assassinato de centenas de civis é muita covardia. A ministra de Assuntos Exteriores de Israel, Tzipi Livni, disse há poucos instantes na rede americana CNN de televisão que é difícil distinguir entre os civis na faixa de Gaza quais os indivíduos que têm ligação com o Hamas e os que não têm. Ela disse ainda que o ataque terrestre israelense não tem como objetivo matar civis, desde que eles não estejam na frente do alvo. A matança continua.