Das forças que dão forma à Vida muito pouco se extrai, o que é uma pena. É mais fácil ficar restrito ao universo das formas, dentre as quais, as ditas mais belas, costumam ser destacadas. Parece ser mais seguro e confortável ignorar o contínuo embate de forças que muitas vezes resulta nas formas, sejam estas reconhecíveis ou não. Nada de se perder entre o que as forças podem nos proporcionar antes, no meio e depois das formas
Nosso repertório de formas parece ser também muito reduzido, sendo que no mais das vezes o que importa são as formas ditas como belas, ignorando-se a possível beleza das formas taxadas de não belas. Por outro lado, vasta é a quantidade de definições a piori, é só escolher e encaixar em padrões de toda sorte, do belo e do não belo, rótulos e categorias, produção em larga escala do mesmo em forma pura.
Quase sempre surge o implacável medo das forças. Especialmente das forças que nos escapam, ou que escapam às formas, ou que delas não dependem. Experimentar um desvio absoluto de padrão, linhas de fuga, invenções? Jamais! Se for para fugir que seja encaixando no desvio padrão já esperado, previsível, prêt-à-porter, a um passo da captura insossa.