quinta-feira, 2 de julho de 2009

...uncertain fingers.

Sometimes, these uncertain fingers cannot hold things the way things were made for. A cup of coffee, for example, not to fall, but all of a sudden, it falls. Gravity, what to do against it? It's Latour, once again it's him to inspire me when I think about the so-unfair battle of the body against the gravity. It's heavy, too much heavy and it happens every day in its every little second. Keep looking for small victories against gravity.

Todas as cores em tons de cinza


Uma escala que vai do mais forte ao mais fraco e vice-versa, do mais intenso e extremo ao delicadíssimo. As sutilezas ainda me atraem pelo modo em que estas se fazem presentes em nosso mundo. Dia após dia são as sutilezas as primeiras a morrer, as primeiras a serem ignoradas, as de menor valor. Todas as cores em tom de cinza, eis o conjunto de imagens apresentado acima e no cinza quantas cores se escondem? O cinza é uma cor de fuga. Cor de desaparecimento, tal como Blanchot, na literatura. Da literatura, e nós que não suportamos o literal, para a cartela de cores. É incrível, pois justamente onde se fala não há cor é aonde a maior parte das cores se esconde. O cinza é uma cor de esquina, de vértice, cor de ultrapassagem, quando todas as outras cores fogem, mesmo antes do branco e suas luzes refletidas, lá está o cinza e o prenúncio do imperceptível. O cinza antecede o devir-imperceptível. O cinza é a cor predominante no meio da névoa, e Umberto Eco não sai de casa sem um pouco de névoa. O cinza é delicado, é pijama, é uniforme de escola e ao mesmo tempo nada disso. Um cor entre outras, no intervalo das cores, procure pelo cinza.