sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Quem dera ser um peixe... ou a potência do feio

Blobfish (peixe bolha), ou Psychrolutes marcidus, uma máquina, um peixe. De corpo gelatinoso é capaz de suportar as elevadas pressões do assoalho oceânico. Vive e habita territórios de difícil acesso, suporta e convive bem com as intempéries do inóspito. É considerado por muitos o mais feio dos peixes, sendo aí que reside todo o seu charme. Apesar de ameaçado de extinção em seu habitat, digamos, natural, onde é muito difícil avistá-lo, tornou-se há algum tempo figurinha fácil em blogs e portais espalhados pelos diversos confins do oceano informacional disponível pela internet afora. O curioso é que a maioria dos posts, notícias, e demais referências a esta espécie de peixe não são de tom científico, não se trata de papers ou qualquer outra fonte de informação baseada em estudos ou pesquisas, mas sim de comentários, alusões, metáforas, no geral explorando a potência da “feiúra” do bicho. Eis o charme deste que é considerado o peixe mais feio do mundo. Já não se trata mais do peixe, mas sim, da máquina-peixe e seus agenciamentos, os mais diversos, alguns profundos tal como o fundo do oceano, outros superficiais e até inapropriados.

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