segunda-feira, 18 de julho de 2011

Primeiro vieram os rinocer(antes) e depois um punhado de zebras.

Primeiro vieram os rinocer(antes) e depois um punhado de zebras. Este é um texto cifrado, você não vai entender muita coisa. O que importa mesmo são as imagens, e cada vez menos, o que você é capaz de fazer com elas. Num mundo de listas, há animais que têm listras, sendo – por mais incrível que isso possa lhe parecer – muito discretos.

Há também uma espécie de rinocerontes que são unicórnios e nada têm a ver com aqueles cavalinhos mitológicos. Não são animais mágicos, não voam, são pesados (mas não no sentido das arrobas de um boi). O peso dos rinocerontes vem de sua consistência animal.

O desafio é criar conceitos que têm o peso de um rinoceronte e ao mesmo tempo a harmonia e a singularidade das listras de uma zebra.

terça-feira, 21 de junho de 2011

A introspecção, essa tagarela.


“Falou e disse”, eis uma expressão, de uso coloquial e freqüente, que pode ser interpretada como parte de uma comunicação bem sucedida. A fala como parte menor, mas não menos importante, de um processo de dimensões oceanográficas que é a comunicação. Oceano com mares pouco navegados, tempestades, calmarias, e muita água quase sempre impura (às vezes até inapropriada para o consumo). Mas existiria mesmo, na plenitude do termo, algo como uma comunicação bem sucedida? Entre usos e desusos, tropeços e acertos, ruídos, distorções e outras interferências, falamos. E como falamos! Aliás, falamos muito sobre “como” falamos e não sei bem se dizemos algo que possa satisfazer nossas angústias com relação à fala. “Eu falo”, índice de poder, já não bastasse a ênfase no “eu”, ainda temos o “falo”, para aqueles a quem “isso” tem algo a dizer. A fala, elemento de uma tentativa de comunicação, da criação de um possível, de um comum, que não se restringe à comunicação verbal e seu fluxo de palavras. Mas, palavras, gestos, olhares, respiração, soluços, entonações, entre um quase infinito rol de elementos. Do que falamos sem dizer, um pouco de não-dito de uma fala e um pouco do que não foi dito por também não ter sido falado. Balbuciou algo, entre goladas de saliva temperadas com hálito impuro, depois respirou e se calou. Calado nos dizia um tanto mais, de sua introspecção, essa tagarela.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Um ônibus para a tristeza.

Dei sinal, entrei, e de repente um movimento, a mesma linha daqui a acolá, partiu da alegria para a tristeza. Um ônibus para a tristeza, a escolha é sua, “para” sem acento pode ser uma preposição e pode ser um verbo. Uma liga ao outro, outro corta um fluxo, um movimento que é sempre daqui a acolá.

domingo, 3 de abril de 2011

Try walking in my shoes.


It’s in your shoes, babe, in every step that you give. I can tell you exactly where you been. Nowadays, our digital traces, these new model boots are doing the same. The nomad walks on the desert, after each step, no line, no trace, you can’t track them. A pair of shoes is like a concept, a philosophical concept. You better use your own shoes. The shoes that best fit with the kind of step you need to give. And you walk. Comfort is not exactly what a good pair of shoes should offer you. Some strong boots are not comfort but they resist to challenging temperatures, cracks on the floor, sand, water... giving you speed. Try walking in my shoes, try working with the concepts I offer you, the ones we can build together.

sábado, 12 de março de 2011

The day Bruce Lee met Fred Astaire


I'd like to know how to dance like Bruce Lee, and fight like Fred Astaire.

quinta-feira, 10 de março de 2011

disparate em disparada


O que foge, me intriga. O que faz fugir me convida. Linhas de disparate em disparada.