Honestamente não se pode esperar muito, como sempre, mesmo porque não é função da arte nos iludir com esperas, tampouco nos inflar com esperanças. Aliás, discutir a função da arte, ou mesmo suas funções não costuma nos levar muito adiante. Novamente sugiro neste caso que pensemos como a arte funciona e o que convoca a funcionar, e isso só faz sentido quando nos dispomos ao encontro com a arte em pleno funcionamento. Este encontro nos exige a disponibilidade de um corpo, naquilo que pode um corpo, corpo-vibrátil, como nos sugere Suely Rolnik, corpo com suas sensibilidades ativadas num modo pensar-sentir. Pois nos é necessário pensar e sentir com a arte e o que ela dispara, atravessa, replica, raspa, compõe, agencia, destrói, devora, regurgita, produz... tantas ações, um rol de possibilidades em meio a um "Blocos de sensações, um conjunto de perceptos e afectos", tal como no livro "O que é a Filosofia?" Deleuze e Guattari nos convidam a pensar e sentir a arte e suas facetas.
Convido-lhes a visitar esta exposição e no encontro com a arte desfrutarem das sensações nos limites do que pode um corpo.
Um comentário:
Belo texto.
Um pragmatismo do sensível... Como a arte funciona - agencia...
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