"(...) vem, vamos embora que esperar não é saber. quem sabe faz a hora, não espera acontecer." - Geraldo Vandré
... um passo além e aquém da esperança, rumo à afirmação da vontade ou ao aumento na potência de ação.
É que me lembrei destes versos lendo o seu texto.
Oh memória heurística! Lembro-me, atualizando belas reminiscências neste instante, que meu encanto com as coisas da Vida começou atravessado pelo existencialismo de Sartre, Beauvoir, Camus e Binswanger, Jaspers... Na psicologia existe uma abordagem que é a existencial-humanista, nunca fui humanista, e nem reconheço tanta coerência nesta junção/síntese (uma coisa são duas coisas juntas, outra são duas coisas que se tornam uma... gosto de misturas desde que impuras, tal como Blanchot nos fala acerca da distância absoluta "entre", que não se desfaz, que não se anula... que nos é imprescindível.). Mas o existencialismo, tal como a filosofia nos apresenta este campo, desde as influências de um Kierkegaard e de um Nietzsche (que não são filósofos existencialistas) me atravessou com muita força, já faz alguns anos para trás, e ainda reverbera pelo meu corpo vibrátil. De lá para cá, quantas outras águas, fogos, fluxos, fluidos, excrementos, detritos de toda sorte já não marcaram presença por aqui.
Pois bem, isto sim tem a força de um mantra! Na hora sem sombras... o maior dos pesos, oh puxa! Este bigodudo e seu martelo. Você colocou bem a coisa e estes versos nietzscheanos são de uma força descomunal, o imperativo do desassossego, um convite ao posicionamento ativo-afirmativo frente à Vida.
Das lembranças trago ainda o David Foster Wallace, que você me apresentou e que n'outro dia, um querido amigo, ao telefone me perguntou se já o havia lido. Acho que senti algo que se pode agenciar a estes versos nietzscheanos nos escritos de D.F.W. atravessando o meu corpo. Crítica e Clínica!
Este fim de semana estive lendo mais uma vez em "Espinosa: filosofia prática" de Deleuze o texto "As cartas do mal" correspondência travada entre o polidor de lentes e o jovem Blyenbergh. O jovem Blyenbergh quase consegue tirar o príncipe dos filósofos do sério com indagações acerca do mal, que o polidor de lentes diferencia do mau usando dos argumentos acerca da imanência. Este texto é incrível e reforça o que o polidor de lentes já havia apresentado na Ética como definição para Razão. Razão como a arte de estabelecer bons encontros. Eis outro belíssimo mantra! A arte de estabelecer bons encontros aproxima o filósofo do martelo e o polidor de lentes, aliás, o próprio Nietzsche já se sentiu próximo ao polidor de lentes, tal como numa espécie de solidão a dois, após seu bom encontro com o texto espinosista. Os bons encontros aumentam a nossa potência de ação o que mediante a implacável força do eterno retorno pode nos trazer um peso outro. Peso-mosca, na linguagem dos boxeadores, aqueles que nunca baixam a guarda... ou seria peso vespa-orquídea?
... um passo além e aquém da esperança, rumo à afirmação da vontade ou ao aumento na potência de ação.
É que me lembrei destes versos lendo o seu texto.
Oh memória heurística! Lembro-me, atualizando belas reminiscências neste instante, que meu encanto com as coisas da Vida começou atravessado pelo existencialismo de Sartre, Beauvoir, Camus e Binswanger, Jaspers... Na psicologia existe uma abordagem que é a existencial-humanista, nunca fui humanista, e nem reconheço tanta coerência nesta junção/síntese (uma coisa são duas coisas juntas, outra são duas coisas que se tornam uma... gosto de misturas desde que impuras, tal como Blanchot nos fala acerca da distância absoluta "entre", que não se desfaz, que não se anula... que nos é imprescindível.). Mas o existencialismo, tal como a filosofia nos apresenta este campo, desde as influências de um Kierkegaard e de um Nietzsche (que não são filósofos existencialistas) me atravessou com muita força, já faz alguns anos para trás, e ainda reverbera pelo meu corpo vibrátil. De lá para cá, quantas outras águas, fogos, fluxos, fluidos, excrementos, detritos de toda sorte já não marcaram presença por aqui.
Pois bem, isto sim tem a força de um mantra! Na hora sem sombras... o maior dos pesos, oh puxa! Este bigodudo e seu martelo. Você colocou bem a coisa e estes versos nietzscheanos são de uma força descomunal, o imperativo do desassossego, um convite ao posicionamento ativo-afirmativo frente à Vida.
Das lembranças trago ainda o David Foster Wallace, que você me apresentou e que n'outro dia, um querido amigo, ao telefone me perguntou se já o havia lido. Acho que senti algo que se pode agenciar a estes versos nietzscheanos nos escritos de D.F.W. atravessando o meu corpo. Crítica e Clínica!
Este fim de semana estive lendo mais uma vez em "Espinosa: filosofia prática" de Deleuze o texto "As cartas do mal" correspondência travada entre o polidor de lentes e o jovem Blyenbergh. O jovem Blyenbergh quase consegue tirar o príncipe dos filósofos do sério com indagações acerca do mal, que o polidor de lentes diferencia do mau usando dos argumentos acerca da imanência. Este texto é incrível e reforça o que o polidor de lentes já havia apresentado na Ética como definição para Razão. Razão como a arte de estabelecer bons encontros. Eis outro belíssimo mantra! A arte de estabelecer bons encontros aproxima o filósofo do martelo e o polidor de lentes, aliás, o próprio Nietzsche já se sentiu próximo ao polidor de lentes, tal como numa espécie de solidão a dois, após seu bom encontro com o texto espinosista. Os bons encontros aumentam a nossa potência de ação o que mediante a implacável força do eterno retorno pode nos trazer um peso outro. Peso-mosca, na linguagem dos boxeadores, aqueles que nunca baixam a guarda... ou seria peso vespa-orquídea?
Da série: Diálogos pela blogosfera: mais um texto meu em resposta ao post do meu amigo Jason Manuel Carreiro em Não há pensamento raro.
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